terça-feira, 12 de maio de 2009

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Cinema
'Augustas' vai mostrar 'a movimentação por baixo da palafita dos bons costumes'
Plantão Publicada em 05/04/2008 às 09h29mMárcia Abos - O Globo Online

SÃO PAULO - Prostitutas, boêmios, artistas, moderninhos, roqueiros, clubbers, cafetões, travestis, executivos, office boys, mauricinhos e patricinhas. Uma diversidade de tipos urbanos circula diariamente pela Rua Augusta, "cidade que surge quando acaba o horário bancário e começa a movimentação por baixo da palafita dos bons costumes". É neste cenário onde tudo muda e acontece que está sendo filmado de 25 de março a 20 de abril o longa-metragem "Augustas", o primeiro filme de ficção dirigido pelo premiado documentarista Francisco Cesar Filho. Veja fotos do filme
O enredo é baseado no livro autobiográfico do jornalista Alex Antunes, "A estratégia de Lilith". Alex é um jornalista morador da Rua Augusta que acaba de ser demitido de seu emprego e de terminar um relacionamento com a chefe e amante. É a deixa para que ele se embrenhe em inusitados universos urbanos: o da prostituição e o dos rituais neo-xamânicos de transe.
- É uma história maluca, mas que pode acontecer na realidade - diz Francisco Cesar Filho, que está filmando a maior parte do longa no trecho "maldito" da Rua Augusta, ou seja, na parte central da via.
Ele explica que optou pelo lado centro da Augusta não para mostrar o submundo ou a realidade trash da cidade, mas porque os personagens que moram e trabalham ali, com seus altos e baixo, têm muita dignidade.
- Não estou procurando algo decadente. Não é a decadência que dá o tom ao filme, mas sim a pulsação vibrante desta realidade urbana que é fascinante, porque é cheia de possibilidades e de transformações constantes - explica o diretor.
Sobre sua primeira incursão à ficção, Francisco Cesar Filho dá indícios de que "Augustas" tem muito de documentário. A começar pelo diretor de fotografia, Aloysio Raulino, um mestre na fotografia de documentários. Além disto, trata-se de uma história ficcional baseada em fatos reais. Para completar, há uma mistura de atores com personagens verdadeiros das ruas e a participação especial de personalidades, como o escritor Marçal Aquino.
- Tem muita base de verdade, além de uma captação da atmosfera da cidade de São Paulo - adianta o diretor paulistano.
Um das principais locações do filme é o apartamento onde mora na vida real o jornalista Alex Antunes, na própria Rua Augusta. Quem decidiu que o local seria a residência do protagonista do filme, também chamado Alex, interpretado pelo dramaturgo Mário Bortolotto, foi o diretor de fotografia, Aloysio Raulino.
- Não existe nada igual no mundo. Nenhuma mente, por mais imaginativa que fosse, conseguiria criar nada parecido - contou Francisco Cesar Filho.
Com a invasão da equipe de filmagens, Alex Antunes, sua família e seus dois gatos tiveram que se mudar para dois hotéis (um de pessoas e outro para animais de estimação). Alex contou que no dia de filmagem mais barra-pesada preferiu não estar presente.

- No dia da cena em que Bortolotto ia jogar ovos na parede do meu apartamento e queimar em um balde com vários CDs preferi não ver. Só fui para lá depois, quando já estava tudo arrumado, para meu alívio. Restou um cheiro esquisito. Uma mistura de ovo com fumaça tóxica - contou rindo o jornalista, que apesar das preocupações de proprietário, disse não vetar nenhuma idéia da equipe do filme, tudo "em nome da arte".
"Augustas" vai traçar um retrato da juventude dos anos 80 em São Paulo, um período de "vigorosa, porém curta ebulição cultural", segundo Alex Antunes.
A trilha sonora do filme deve surpreender, ao resgatar pérolas de bandas paulistas dos anos 80, como Akira S e As Garotas Que Erraram, Fellini, Voluntários da Pátria, Mercenárias e Harry, em regravações e novos arranjos feitos por grupos independentes contemporâneos como Montage, Los Porongas, Macaco Bong, Madame Sataan, Porcas Borboletas e Lucas Santana.
- Estou fazendo o melhor que posso para criar o filme que eu gostaria de assistir, mas tenho certeza de que a trilha será a que eu gostaria de ouvir - adianta Francisco Cesar Filho.
Serão de dez a onze hinos do underground paulista dos anos 80, regravados por bandas dos anos 2000. São canções que saíram apenas em vinil ou que sequer foram lançadas no Brasil.


Olá equipe de "Augustas", tudo bem?

Não sei se todos já sabem, mas aconteceu hoje a premiação 11. Festival do
Cinema Brasileiro de Paris, e a Carol Abras ganhou o prêmio de melhor atriz
por " Se Nada Mais Der Certo", do Belmonte.

parabens Carol!!!!!! Quando te virem em "Augustas" virão mais premios.

Se Nada Mais Der Certo é premiado no Festival de Cinema Brasileiro de Paris
(05/05/2009 - 17h26)

Da Redação http://www.cineclick.com.br/























Cena de Se Nada Mais Der Certo
Foram revelados os vencedores da 11ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que exibiu 30 filmes brasileiros na capital francesa. Se Nada Mais Der Certo, de José Eduardo Belmonte, sagrou-se como o campeão da Mostra Competitiva, recebendo o prêmio de Melhor Filme dado pelo Júri Oficial, além de Melhor Atriz (Caroline Abras) e Ator (João Miguel). O júri também deu Menção Especial a Chega de Saudade. O drama dirigido por Laís Bodanzky ainda ficou com o prêmio de Melhor Filme de acordo com o júri oficial.

O Festival de Cinema Brasileiro de Paris continua até dia 12 de maio, com exibição de documentários fora de competição, conta com as presenças de Malu Mader (Contratempo), Maria Ribeiro (Domingos), Evaldo Mocarzel (Jardim Angela, Sentidos À Flor da Pele), Luciana Burlamarqui (Entre a Luz e a Sombra) e Helena Solberg (Bananas is My Business. Uma exibição de Última Parada 174, de Bruno Barreto, encerra as atividades na 11ª edição do evento.